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A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando está otimizando o processo de investigação de genes relacionados a doenças genéticas hereditárias mais comuns em raças leiteiras, causadoras de grande impacto econômico para a pecuária mundial. A partir de 2024, todos os touros que ingressarem no Teste de Progênie de Girolando já terão material biológico coletado.
As primeiras coletas de amostras de sangue dos animais selecionados para o 26° grupo do Teste de Progênie estão sendo feitas pelas técnicas do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), Mariana Moreno e Nathália Espanhol. Eles já estiveram nas centrais Alta, em Uberaba/MG, Tairana, em Presidente Prudente/SP, e Seleon, em Itatinga/SP. O trabalho continuará nas empresas CRV, Bela Vista, ABS e Genex.
O material coletado está sendo enviado para o laboratório de genética molecular da Embrapa Gado de Leite, para extração do DNA e verificação de marcadores moleculares para cinco doenças hereditárias: BLAD, CVM, DUMPS, Brachyspina e Deficiência do Fator XI. Elas estão relacionadas a problemas como: abortos, morte embrionária precoce, má formação de órgãos, infecções recorrentes, deformação de vértebras, sangramentos excessivos, problemas reprodutivos etc.
De acordo com o coordenador técnico do PMGG Edivaldo Ferreira Júnior, a antecipação da coleta do material biológico vai acelerar a divulgação dos resultados dos marcadores moleculares para doenças hereditárias. Eles serão publicados no Sumário de Touros Girolando 2024, em junho, durante a exposição Megaleite. Anteriormente, essa publicação acontecia somente um ano após o início dos testes. “Com o resultado, será possível identificar de forma mais rápida se os touros apresentam ou não esses marcadores moleculares. Trata-se de uma informação muito relevante para o pecuarista utilizar no momento de definir os futuros acasalamentos de seu rebanho. Ele poderá eliminar qualquer possibilidade da incidência dessas doenças nos bezerros, garantindo mais rentabilidade para o negócio”, explica.
O coordenador do PMGG esclarece que a presença do marcador não significa manifestação da doença, somente que o animal tem o gene recessivo. “Somente se for feito o cruzamento de um touro com uma vaca, ambos portadores do marcador da doença, é que ela se manifestará no bezerro. É a tecnologia nos possibilitando reduzir o risco de disseminação dos alelos indesejados na raça”, acrescenta.
Vale lembrar que o Sumário de Touros Girolando também conta com marcadores moleculares voltados para qualidade do leite. “O conhecimento das informações sobre o genótipo de animais tem grande importância estratégica e elevado valor econômico, pois permite identificar os animais de maior potencial de produção de leite, gordura e proteína, além de possibilitar a identificação de portadores de alelos para doenças hereditárias. De posse dessas informações, o produtor pode orientar os acasalamentos”, reforma Edivaldo Júnior.
O Teste de Progênie leva, em média, seis anos para publicar todas as informações genéticas e genômicas dos touros avaliados pelo programa.