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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul realizou, ontem, 4 de junho, o II Seminário Estadual do Leite com a temática Mitos e Verdades. O diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Marcelo Real, participou do evento, que integra a Semana Estadual do Leite. Também estiverem presentes a criadora de Girolando e diretora da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Aurora Real, e o criador de Girolando e diretor da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Ronan Salgueiro.
Desafios do setor, qualidades nutricionais do leite, incentivo à industrialização, aumento do consumo e a desmistificação que o leite faz mal à saúde foram os destaques debatidos no evento, proposto pelo deputado estadual e coordenador da Frente Parlamentar do Leite do Legislativo, Renato Câmara (MDB). "Precisamos discutir a questão do consumo do leite. Nós temos visto, e com informações e estatísticas, que existe uma diminuição do consumo de leite. Existem alguns aspectos primeiro, que o leite é um produto agregado, e que para a pessoa mais humilde é um preço alto. E o segundo é que muita gente tem deixado de consumir o leite por acreditar em algumas fake news, em algumas mentiras, que denigrem esse produto sem abordar uma parte técnica e oficial. Então nós temos que abordar esse tema para desmistificar essas notícias falsas”, pontuou Renato Câmara.
Para Ronan Salgueiro, o leite é alimento mais importante. “Aprendi com meu pai que o leite é o alimento mais importante da vida, e realmente é, pois você nasce e precisa deste alimento sagrado. Precisamos lutar para um futuro melhor na Cadeia Produtiva do Leite” enfatizou.
A temática “Diferença entre alergia ao leite de vaca e intolerância à lactose, aspectos clínicos, gravidade e seguimento do paciente” foi proferida pela médica pediatra, alergista e imunologista, e presidente da Associação Brasileira de Alergia Regional-MS, doutora Stella Arruda Miranda. “A Associação Brasileira de Alergia não contraindica o consumo de leite pela população em geral. Inclusive, a população saudável é orientada a manter o consumo de leite e seus derivados, até mesmo pela condição nutricional, o aporte de cálcio, vitamina D, entre outros nutrientes oferecidos. Em diferentes alimentos precisariam de um volume muito maior para se atingir essa necessidade. O que recomendamos é que pacientes que tenham um histórico sugestivo de alergia ou de intolerância, sejam avaliados criteriosamente por um especialista, porque nos casos de alergia, sim, esses pacientes precisam ter uma orientação exclusiva e usar um leite específico. E os pacientes com intolerância à lactose, a única questão é o açúcar do leite, então ele pode continuar consumindo leite, mas com isenção desse açúcar”, esclareceu a médica pediatra.
A nutricionista e doutora em Saúde, Teresa Cristina Abranches Rosa falou sobre “Leite sob a lupa, desmistificando mitos e verdades”. “O leite é um alimento nutricionalmente completo, rico e um alimento in natura. Dependendo do tipo de leite, ele é considerado um alimento minimamente processado. E nós consideramos que ele é um alimento benéfico para a saúde da população, desde que as pessoas não tenham algum tipo de restrição, como por exemplo a alergia a proteína do leite de vaca. E a intolerância à lactose, mas aí é possível que sejam feitas adaptações. Mas de uma forma geral, nós consideramos que é um alimento saudável e positivo, que deve ser incluído no contexto de uma alimentação balanceada e saudável”, confirmou.
Após as palestras aconteceu a mesa redonda de debates com a participação dos participantes e representantes da cadeia produtiva.